"Mais que nunca, é preciso cantar."
É pegando
carona no verso da "Marcha de Quarta-Feira de
Cinzas" do eterno Vinícius de Moraes, que venho
falar de um dom que é certamente um dos mais admirados em todo o
mundo. Estou falando do maravilhoso dom de cantar.
Soltar a
voz, qualquer um pode, mas o desafio é fazer isso com afinação,
ritmo, impostação e respiração corretas, balanço, sentimento e tudo
isso de forma harmoniosa. Ou seja: cantar e cantar bem, são
realidades totalmente opostas, mas, ambas praticadas.
A música
é um universo invisível e nem por isso, menos belo que a vastidão de todas as
cores existentes. E a graça está exatamente na sua infinidade, onde
buscamos saciar a sede de conhecimento em sua inesgotável fonte sonora.
Quem nasce pra ser cantor, tem a voz como instrumento musical, e este
instrumento, assim como qualquer outro, exige cuidados e também pode ser melhor
utilizado, com o domínio e o aprimoramento contínuo de técnicas e
exercícios vocais.
Uma das
formas mais eficazes de adquirir conhecimento sobre a voz para quem faz uso
dela na música, é tendo contato com algum instrumento harmônico. O
cantor que sabe tocar algum instrumento, certamente conhece
muito mais a voz que tem. Sendo assim, é possível adquirir conhecimentos
como: Extensão Vocal (os limites da voz), Registro Vocal (Tenor,
Barítono e Baixo para vozes masculinas / Soprano, Mezzo Soprano e Contralto
para vozes femininas) e Percepção Musical (maior facilidade para
identificar as nuances do som, como: afinação, volume, timbre, ritmo
e melodia).
Cantar é
muito mais do que projetar notas musicais com a voz. É expressar por meio do
som, aquilo que a alma tem a dizer e traduzir o que sentimos em ondas sonoras.
Hoje, num
mundo confuso, agitado e estressante, a boa música serve até como
terapia eficaz contra os problemas do cotidiano. Por isso, não há quem ouse
contestar Vinícius. Mais do que nunca, é preciso cantar!
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