Rafael Pínah


"Mais que nunca, é preciso cantar."


É pegando carona no verso da "Marcha de Quarta-Feira de Cinzas" do eterno Vinícius de Moraes, que venho falar de um dom que é certamente um dos mais admirados em todo o mundo. Estou falando do maravilhoso dom de cantar.

Soltar a voz, qualquer um pode, mas o desafio é fazer isso com afinação, ritmo, impostação e respiração corretas, balanço, sentimento e tudo isso de forma harmoniosa. Ou seja: cantar e cantar bem, são realidades totalmente opostas, mas, ambas praticadas. 

A música é um universo invisível e nem por isso, menos belo que a vastidão de todas as cores existentes. E a graça está exatamente na sua infinidade, onde buscamos saciar a sede de conhecimento em sua inesgotável fonte sonora. Quem nasce pra ser cantor, tem a voz como instrumento musical, e este instrumento, assim como qualquer outro, exige cuidados e também pode ser melhor utilizado, com o domínio e o aprimoramento contínuo de técnicas e exercícios vocais.

Uma das formas mais eficazes de adquirir conhecimento sobre a voz para quem faz uso dela na música, é tendo contato com algum instrumento harmônico. O cantor que sabe tocar algum instrumento, certamente conhece muito mais a voz que tem. Sendo assim, é possível adquirir conhecimentos como: Extensão Vocal (os limites da voz), Registro Vocal (Tenor, Barítono e Baixo para vozes masculinas / Soprano, Mezzo Soprano e Contralto para vozes femininas) e Percepção Musical (maior facilidade para identificar as nuances do som, como: afinação, volume, timbre, ritmo e melodia).

Cantar é muito mais do que projetar notas musicais com a voz. É expressar por meio do som, aquilo que a alma tem a dizer e traduzir o que sentimos em ondas sonoras.

Hoje, num mundo confuso, agitado e estressante, a boa música serve até como terapia eficaz contra os problemas do cotidiano. Por isso, não há quem ouse contestar Vinícius. Mais do que nunca, é preciso cantar!



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